quarta-feira, 18 de julho de 2007

Just Like Honey

Apenas porque conheço uma banda que, concerto após concerto, pede desculpas por assassinar esta música.

Agora que ouço a original... Desculpas aceites.

Deixo-vos com "Just Like Honey" dos Jesus and Mary Chain

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Jimi Hendrix

Já estava a faltar o regresso do mítico Jimi, como prometido nos primórdios deste blog.
Após estes meses, de ausência por motivos de ordem maior, volto com aquele que foi considerado pela revista Rolling Stone como o melhor guitarrista de todos os tempos.
Jimi Hendrix, americano nascido em Seattle, no Estado de Washington, ficou conhecido pelos seus solos intermináveis e mirabolantes e pelo uso do feedback nos mesmos.

Ficou também conhecido pelo seu estilo único, no que toca à moda. Desde ter uma obcessão perfeccionista pelo cabelo, ao ponto de um encaracolador ser das poucas coisas que possuia e levava consigo nas digressões, a usar anéis, medalhões e adornar as suas peças de roupa com pins alusivos ao movimento hippie e a Bob Dylan, artista folk que o fascinava.

Jimi é frequentemente associado e era conhecido pelo uso de drogas alucinogénicas, nomeadamente o LSD e há quem diga que esse consumo foi parte importante no seu processo criativo.

Morre dia 18 de Setembro de 1970, aos 27 anos, fazendo assim parte do "27 Club", tal como Janis Joplin, Jim Morrison, ou Kurt Cobain, todos eles desaparecidos aos 27 anos.

Havendo milhares de musicas de Jimi Hendrix possiveis, a escolha tornou-se dificil, mas acabou por ser esta e é bem boa:

Crosstown Traffic do álbum "Electric LadyLand" do ano de 1968



"You're just like
(Crosstown traffic) so hard to get through to you
(Crosstown traffic) I don't need to run over you
(Crosstown traffic) all you do is slow me down
and I'm trying to get to the other side of town"


segunda-feira, 23 de abril de 2007

John Lee Hooker

Os Blues, criados no Sul dos Estados Unidos da América, mais precisamente no Delta do Mississipi, pelos escravos negros oriundos da África Ocidental, eram na altura músicas das plantações, músicas espirituais, religiosas, cânticos mas foram e são, no fundo, a base de estilos musicais como o Jazz, o R&B, o Rock & Roll, o Hip-Hop, o Country, entre tantos outros.

Nascido em Clarksdale, Mississipi em 1917, John Lee Hooker foi uma das ultimas ligações aos Blues do Sul. Mudou-se para Detroit em 1940 e em 1948 teve o seu primeiro êxito "Boogie Chillun".

É um estilo que vai, de certeza, voltar a passar por estas bandas não só pela mão de John Lee Hooker mas também pela de outros artistas.

Esta semana o tema escolhido é "I'm In The Mood" com a participação de Bonnie Raitt, gravada em 1989, no álbum "The Healer", álbum que conta com participações de vários artistas convidados como, por exemplo, Carlos Santana.



"I'm in the mood, I'm in the mood for love, yes I am
I'm in the mood, I'm in the mood for love
I'm in the mood, in the mood,
I'm in the mood for love, Lord, Lord"

sábado, 7 de abril de 2007

Start Me Up

Outra banda que não precisa de apresentações. Mas porque não dar aqui uma pequena nota biográfica sobre aquela que é considerada, por muitos, a maior banda de rock do mundo?

Os
Rolling Stones, iniciaram-se em 1962, pela mão de Brian Jones, que acabaria por falecer 7 anos mais tarde, aos 27 anos.
São responsáveis, até agora, por 29 albuns de originais e compilações e por pôr 37 singles no top 10. Em 1989 foram incluidos no
Rock & Roll Hall Of Fame e em 2004 a revista homónima, Rolling Stone, colocou-os na 4ª posição na lista dos 100 melhores artistas de sempre.
Foram várias as composições da banda, mas hoje em dia é composta por Charlie Watts, Keith Richards, Mick Jagger e Ron Wood.

A musica de hoje é "Start Me Up" do álbum de 1981, "Tatto You".



"If you start me up
If you start me up I'll never stop
If you start me up
If you start me up I'll never stop
I've been running hot
You got me ticking gonna blow my top
If you start me up
If you start me up I'll never stop"

P.S.: E não se esqueçam, dia 25 de Junho, no Estádio de Alvalade, Rolling Stones.
Nunca se sabe, pode ser a última vez que os vemos!

segunda-feira, 26 de março de 2007

Motown

Estamos no final dos anos 50, mais precisamente 1959, na cidade de Detroit, Michigan quando Berry Gordy Junior, produtor musical, funda a Motown Records.
Baseada apenas em cantores afro-americanos, esta editora é responsável por lançar artistas como Diana Ross, Marvin Gaye, Stevie Wonder e até Michael Jackson.

Tendo criado uma espécie de estilo próprio, o "Motown Sound"(uma mistura de soul com Gospel), a Motown influenciou a musica dos anos 60 e muitos dos cantores de Soul e de R&B da época.

Deixa-nos um legado enorme de hits, pelo que se tornou extremamente dificil escolher um para este post, mas acabei por escolher o "Ain't no Mountain High Enough" interpretado por Marvin Gaye e Tammi Terrell em 1967, num estilo romântico característico do "Motown Sound"


terça-feira, 13 de março de 2007

Bob Marley

Bob Marley dispensa apresentações, mas é sempre de louvar a sua vida e o seu legado musical.

Nascido há 62 e desaparecido há 26 anos, as suas palavras continuam a aplicar-se no quotidiano actual, o que leva alguns a chamar-lhe intemporal.

Outros chamam-lhe profeta, por espalhar aquela que era a sua fé, a fé
rastafari, marcada pelo desejo de paz, justiça, liberdade e igualdade entre os seres humanos. Mas foquemo-nos, somente, na sua música, que acaba, no entanto, por ser um reflexo dessa mesma fé.

Não posso negar a inspiração que a música de Bob Marley trouxe à minha vida, a ajuda que me trouxe em alguns momentos menos bons, e a alegria que sinto quando ouço a sua voz cantando versos de positivismo. De facto Bob Marley foi, e sempre será, um ídolo de vida, um exemplo de conduta, uma inspiração, no fundo uma motivação para seguir em frente e continuar com a luta por justiça e por maior igualdade entre os seres humanos.

Trago-vos hoje "So much things to say", do álbum "Exodus", considerado um dos melhores álbuns do século XX.

"But I'll never forget no way: they crucified Je-sus Christ
I'll never forget no way: they stole Marcus Garvey for rights.
I'll never forget no way: they turned their back on Paul Bogle.
So don't you forget (no way) your youth,
who you are and where you stand in the struggle."



domingo, 11 de março de 2007

Zeca

Fazendo uma viragem brusca no estilo e no espaço mas não no tempo, chegamos ao Portugal dos anos 70, época de política complicada, mas também época de revolução e das importantes cantigas de intervenção.

Desta época surgem nomes como Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire ou Fausto, mas sobressai um nome que é sinónimo de Revolução, um nome que é sinónimo de Liberdade, o nome de Zeca Afonso.

Hoje trago-vos "A Morte Saiu À Rua", verdadeira canção de intervenção, dedicada ao pintor
José Dias Coelho (assassinado pela Pide em 1961, na Rua Lusíadas, em plena cidade de Lisboa) em versão de Vitorino e Janita Salomé, no seu disco de tributo a José Afonso, "Utopia".



"A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome pra qualquer fim
Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue dum peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal
E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale
À lei assassina à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim
Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas duma nação."